Imagine que você é uma jovem de classe média, cuja família sempre procurou oferecer a melhor educação possível a fim de que você pudesse entrar numa universidade europeia de prestígio, no caso, Oxford. Você tira as melhores notas, frequenta concertos, toma aulas de música, entende razoavelmente de história da arte. Sua rotina é, basicamente, estudar e ouvir músicas de Juliette Gréco escondida no quarto (porque seu pai as considera vulgares e prefere que você escute Bach). Você conhece um homem mais velho, charmoso, que a apresenta a uma vida de diversões e experiências novas: um clube de jazz, uma viagem à Paris, a possibilidade de deixar aquela vida difícil de estudo para trás e simplesmente viver. “Eu não tinha ideia de como a vida era entediante antes de você” é como a protagonista do filme Educação (An Education) define a história. Lançado em 2009, o filme de Lone Scherfig estrelado por Carey Mulligan se passa na Inglaterra da década de 60 do século XX. Afinal, a escolha entre “ir à Paris se divertir” ou “fazer algo entediante e muito difícil” de fato existe para nós, moças de classe média? Assisti ao filme em São Paulo, quando estava cumprindo os créditos do doutorado e senti todo o conflito de Jenny entre o ar puro e o ar da biblioteca. Vale a pena assistir!
Esse é filme é sensacional mesmo. O melhor é que o roteiro é do Nick Hornby de Alta Fidelidade e About a boy. Ótima dica!