O escritor italiano Italo Calvino é um dos meus prediletos. Suas obras mais conhecidas – e, sem dúvida, as melhores – são aquelas que constituem uma trilogia da Idade Média, formada por O Visconde Partido ao Meio, O Barão nas Árvores e O Cavaleiro Inexistente. São obras que retratam o medievo na região que, hoje, conhecemos por Itália. Agilulfo, o cavaleiro que não existe, é um personagem cativante: cuidadoso, obsessivo com a ordem militar, gentil, capaz de deixar todas as mulheres completamente apaixonadas – só tem um defeito, o de não existir. Os livros, ora cômicos, ora trágicos, nos fazem pensar, rir e chorar, num mundo de sonho que só a literatura fantástica pode nos trazer.
Hoje o foco não é a trilogia medieval de Calvino, mas o último livro publicado pelo autor em vida: Palomar. O personagem cujo nome dá título à obra é um singelo observador do cotidiano e tem uma sensibilidade especial para perceber detalhes no mundo que olhos mais apressados não são capazes de enxergar. Quis falar de Palomar porque há um momento no livro que não deixa de vir à minha cabeça nesta segunda-feira: Palomar boiando, no mar, olhando o céu, completamente absorto nos seus próprios pensamentos, recolhido em si, no meio da imensidão. Fica a dica de leitura para um dia de muito sol e pouca disposição.
Calvino é genial! preciso ler Palomar...
você já leu 'Se um viajante numa noite de inverno'? é um dos meus preferidos..
Sim, sim! :) Adoro Calvino. Os três que mencionei no post são os meus preferidos.
Juliana, também adoro os livros do Calvino! Adorei a imagem que lhe veio à cabeça nesta segunda-feira. É poética, de uma força estrondosa. Obrigado pela dica, certamente vou ler este livro do Calvino.
Abraço
ju, há algum tempo, li o cavaleiro inexistente por indicação sua. adorei! deu vontade de ler os outros dois da trilogia.. ;)
Vinícius, esse é menos badalado, mas bom! Abraço.
Amiga, leia os outros! O Barão nas Árvores é comovente! ;)