No sexo, o Mundo: Walt Whitman


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Fala-se sobre amor desde o começo dos tempos. Nos textos literários da Antiguidade Clássica, há preciosidades na produção teatral e poética que nos falam sobre a beleza, a dor e a confusão relacionadas à capacidade que o espírito tem de sucumbir diante de um objeto de desejo e destinar-lhe toda a atenção, afeto e expectativa, eis o amor.
Amor é, em primeiro lugar, potência, energia, capacidade de entrega num nível puramente espiritual. Sempre fomos condicionados a limitar o amor a essa vivência ideal, mas e o corpo? Amor e corpo, amor e sexo, amor e desejo, são relações inteiramente distintas? Por que se relaciona – quase que inconscientemente – sexo à vulgaridade, o desejo físico a sentimentos impuros? Ama-se e admira-se, ama-se e cuida-se, ama-se e deseja-se, me parece. A humanidade que habita em nós não cuida da dicotomia entre o amor espiritual e o desejo sexual.
Como o sexo vem tratado na literatura? Quando o texto deixa de ser literatura e torna-se pornografia? Perguntas que renderão vários posts, para o futuro.
Reflitamos com o Walt Whitman, em seu texto Uma mulher me espera.



Sex contains all, bodies, delicacies, results, promulgations,
Meanings, proofs, purities, the maternal mystery, the seminal milk,
All hopes, benefactions, bestowals, all the passions, loves, beauties, delights of the earth,
All the governments, judges, gods, follow’d persons of the earth,
These are contain’d in sex as parts of itself and justifications of itself.

P.S. Não me atrevi a desfazer a beleza literária do texto com uma tradução livre e apressada. Deixo o dever ao querido Raul Nepomuceno, partícipe deste blog, gerente de marketing e que, entre outros talentos, sabe inglês como ninguém. Quando ele me mandar, publico aqui.

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