Pensei um pouco sobre minha experiência com os livros. Esse olhar sobre o “papel” da literatura na minha vida é o que me motiva a escolher e buscar, como preferência, autores contemporâneos, provenientes de países diversos. Foi assim que descobri a portuguesa Inês Pedrosa, o angolano Pepetela, o moçambicano Mia Couto, o escritor Germano Almeida, de Cabo Verde, Coetzee, da África do Sul. A cada página que se abre, entro em contato com uma forma diferente de ver a realidade, definida pelas experiências culturais do autor. É por isso que uma leitura “estruturalista” da obra literária pode ser uma boa forma de convidar o leitor a se aproximar ainda mais da literatura como forma de conhecimento. Em que contexto a obra se insere? Com que realidade ela dialoga? Que outras obras podem ser a ela associadas? Como viveu o autor? O livro acaba sendo o retrato de um mundo específico, e, muitas vezes, a única forma de ter acesso a ele é através do romance, da poesia, do teatro.
Pense um pouco, qual o papel da literatura na sua vida, ela tem ajudado você a se tornar um ser humano melhor?
Na minha vida a literatura tem papel primordial. Abre minha visão de mundo, amplifica as minhas ideias sobre várias questões, além de me trazer emoção e aprendizado. É uma pena que os jovens de hoje em dia deem tão pouca importância à literatura. Um beijo. Karina
Estou lendo uma obra da Ana Maria Machado chamada "Algazarra Silenciosa" em que ela questiona essa ideia de que os jovens leem pouco, Karina. Acho que ela tem razão, sabe. Acho que os jovens têm lido textos que são novos, não são os que nós lemos ou gostaríamos que eles lessem. Que acha?
Interessante esse livro que você está lendo. Vou procurar. Eu acho que além de ler pouco, os jovens de hoje leem muita bobagem. Acho fundamental que a pessoa leia os grandes clássicos. Claro que é bom inovar, ler os autores contemporâneos pois há muita coisa boa. Mas para a formação mesmo, acho que tem obra que não pode deixar de ser lida. Bjs