Neste
domingo de sol forte, na cidade onde todos parecem estar empenhados em produzir
ruídos, deixo as belas palavras de Rainer Maria Rilke sobre a arte de estar
sozinho.
“Não importa se é a cantiga de uma lâmpada ou
a voz da tempestade, a respiração da noite ou o gemido do mar que o cerca,
sempre vigia atrás de você uma vasta melodia, tecida de milhares de vozes, em que
apenas de vez em quando há espaço para seu solo. Saber quando é sua vez de
cantar, esse é o segredo de sua solidão, como é a arte da verdadeira interação:
deixar-se cair das palavras imponentes para entrar na melodia única,
compartilhada”. (RILKE, Rainer Maria. Cartas do Poeta sobre a Vida, Martins Fontes, 2007, pg. 140)
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