O Tempo é Hoje: Carlos Nóbrega


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Na semana de volta às aulas, muito trabalho, correria e uma virose para fazer companhia, além da notícia da mudança repentina de casa. Com tanto acontecendo, o turbilhão do tempo, decidi trazer nesta noite de sexta-feira um texto do poeta cearense Carlos Nóbrega, cuja obra O quanto sou conheci através do presente gentil do documentarista e colega professor Felipe Barroso, por ocasião do meu aniversário. Com o poema, podemos pensar um pouco sobre a vivência do presente e da abstração da passagem do tempo.



A ÚLTIMA SEMANA
Por Carlos Nóbrega

Amanhã é terça-feira, ou não
Depois quarta-feira, ou não
Depois quinta-feira, ou não
Depois, com certeza, feira nenhuma
Depois nem sábado nem domingo,
nunca mais.
Hoje, sim, é o único dia dos tempos.

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  1. Anônimo