Imagine um passeio pelos campos de lavanda da Provença. A terra morna sob os pés, entre os dedos, as mãos roçando nas flores perfumadas e levemente secas, os olhos fechados, um vento suave que agita os cabelos, o aroma intenso, repousante, de lavanda selvagem, que invade o nariz, abraça o corpo, ao redor só o violeta profundo até o horizonte. Imagine que o presente é satisfação, apenas o sol na pele, a terra úmida, o azul salteado de flocos brancos. Imagine que é possível sonhar mesmo às segundas-feiras, quando a diarista atrasa, o marceneiro liga, o telefone toca. Imagine.
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