É
meio-dia de uma sexta-feira que não me promete coisa alguma. Um dia tranquilo,
quente (como faz calor em Fortaleza nos últimos dias!), modorrento. Há duas
semanas não leio literatura (com exceção de umas páginas soltas do romance Amor, de novo, da Doris Lessing, que já
li faz uns anos). Isso se deve a uma absoluta falta de ritmo para tarefas
intelectuais (não posso dizer que é cansaço, é desconcentração): a tese também
está um pouco parada desde segunda. Essa lentidão para os afazeres, a não
produtividade, é também uma aceleração, no sentido de que estive excessivamente
ligada ao mundo virtual nas últimas semanas, uma dependência doentia do celular,
do Facebook, das consultas sem propósito ao instagram, a cabeça funcionando
freneticamente, como se milhares de pessoas estivessem numa mesma sala, falando ao mesmo tempo, sem se ouvir.
Esses hábitos geram uma sensação de urgência que nos consome em ansiedades e nos deixa, ao mesmo tempo, letárgicos, sem conseguir fazer coisa alguma. Ontem fui à livraria comprar uns presentes de natal e voltei com dois livros para mim: uma peça do Nelson Rodrigues (Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária) e uma coletânea de contos do Lúcio Cardoso, autor maravilhoso que está sendo republicado por ocasião do centenário de seu nascimento.
Meu propósito para hoje é: aproveitar minha própria companhia, conversar com as palavras do Lúcio, ouvir o ronronar do Bob, o gato leitor, deixar o celular na bolsa. Como eu disse a minha amiga Mariana, que trabalha com redes sociais (o celular é quase uma extensão do seu corpo), eu não tenho saúde mental suficiente para viver conectada o dia inteiro. Bom fim de semana, amigos!
Esses hábitos geram uma sensação de urgência que nos consome em ansiedades e nos deixa, ao mesmo tempo, letárgicos, sem conseguir fazer coisa alguma. Ontem fui à livraria comprar uns presentes de natal e voltei com dois livros para mim: uma peça do Nelson Rodrigues (Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária) e uma coletânea de contos do Lúcio Cardoso, autor maravilhoso que está sendo republicado por ocasião do centenário de seu nascimento.
Meu propósito para hoje é: aproveitar minha própria companhia, conversar com as palavras do Lúcio, ouvir o ronronar do Bob, o gato leitor, deixar o celular na bolsa. Como eu disse a minha amiga Mariana, que trabalha com redes sociais (o celular é quase uma extensão do seu corpo), eu não tenho saúde mental suficiente para viver conectada o dia inteiro. Bom fim de semana, amigos!
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